Linhas de Pesquisa
Antropologia das Sociedades Complexas
Estudo da dinâmica e das características das sociedades ditas “complexas”, com vistas à discussão das questões antropológicas gerais, que concernem tanto às sociedades “tradicionais” quanto às “modernas”. O foco de análise recai sobre as tramas específicas da política, da família, da religião, da cidade, da arte, da ciência, do desvio – sobretudo no âmbito da cultura ocidental moderna e dos contextos urbanos. Antropologia da arte e da cultura material
Estudo de objetos, de práticas rituais e de expressões plásticas ou sonoras, bem como dos processos que lhes atribuem valor distintivo. Inclui estudos morfológicos, funcionais, estéticos e pragmáticos de objetos e de performances em contexto etnográfico e museográfico. Antropologia da ciência
Investigação dos chamados conhecimentos científicos, seus regimes e contextos de produção. Exames da construção sócio-histórica de diferentes saberes científicos. Estudos etnográficos das ciências. Relações da antropologia com a epistemologia e com a filosofia da ciência. Explorações das relações entre conhecimentos científicos e conhecimentos tradicionais. Antropologia política
Objetiva-se compreender os processos de produção de diferenciais de poder em coletividades de distintas escalas e naturezas, sejam eles simbólicos ou de interdependência entre redes sociais, pensando-os em dois grandes eixos: (i) como processos de unificação, produção de identidades, centralização e coletivização relativos a comunidades e associações políticas (partido, cidade, nação, estado); (ii) como processos de estabelecimento de práticas, redundando em domínios de sociabilidade, como mundos de profissionais específicos dotados de regras e valores próprios. Antropologia da economia
Esta linha de pesquisa situa-se na fronteira entre a antropologia das ciências (econômicas, estatísticas, mais recentemente, as neurociências, entre outras) e as ideias e práticas econômicas ordinárias, das pessoas no seu dia a dia. Trata-se de compreender, etnograficamente, historicamente e comparativamente, os sentidos das categorias que servem para pensar e atuar no mundo tido como “econômico”, ou para agir e pensar “economicamente” nas relações humanas. Questões relativas a trocas, sentidos do dinheiro e práticas monetárias, significados do crédito, do desenvolvimento e do empreendedorismo, das remessas internacionais, são abordadas nesta perspectiva, em diversos contextos sociais que vão das transações entre os habitantes de bairros populares até as dinâmicas tecnológicas e sociológicas que estruturam os mercados financeiros transnacionais. Dando continuidade às tradições da antropologia econômica, trata-se de observar esses universos em relação, principalmente com outros domínios da vida social, como o da religião, da família e das formas de regulação. Antropologia e linguística
Documentação, descrição e análise linguísticas, com ênfase em Línguas Indígenas (LI). Reanálise de dados. Tipologia e Diacronia. Contribuições para as teorias morfológicas, sintáticas, fonológicas. Relações língua, linguagem, pensamento, sociedade. Discurso, artes verbais. Escrita, tradução, mídias, novas tecnologias. Diálogo e diferenciação entre linguística e antropologia contemporâneas. |
Antropologia da Religião
Estudos sobre concepções, práticas, representações, experiências e rituais que mobilizam diferentes concepções do sagrado em suas relações com a vida social e os diversos planos da existência humana. Explorações do significado da categoria religião em diferentes contextos históricos e socioculturais. Antropologia do campesinato e das classes trabalhadoras
Estudos de universos sociais concebidos como agrários ou industriais (sem excluir processos de descampesinamento, desobreirização e novas posições sociais no comércio e nos serviços), tendo em vista discussões de temas da tradição antropológica, tais como: família, parentesco e domesticidades; trocas e obrigações; comunidade e classe; classificações, diferenciações e desigualdades de poder; política; identidades; rituais, performances, formas simbólicas e expressivas; memória social; sociabilidades; moralidades. Antropologia das minorias
Estudos referentes às relações de dominação envolvendo grupos e indivíduos compreendidos em antagonismo à “maioria” e, por isso, em posição distinta em termos de oportunidades políticas, econômicas, educacionais e de ascensão social. Contempla estudos sobre relações e grupos identificados a partir de critérios baseados em pertencimentos de natureza nacional, racial, religiosa, étnica, cultural e de gênero. Antropologia dos povos indígenas e das populações tradicionais
Objetiva-se compreender os processos de produção de diferenciais de poder em coletividades de distintas escalas e naturezas, sejam eles simbólicos ou de interdependência entre redes sociais, pensando-os em dois grandes eixos: (i) como processos de unificação, produção de identidades, centralização e coletivização relativos a comunidades e associações políticas (partido, cidade, nação, estado); (ii) como processos de estabelecimento de práticas, redundando em domínios de sociabilidade, como mundos de profissionais específicos dotados de regras e valores próprios. Antropologia do ritual
Estudo de ações, relações, símbolos e imagens definidos como ‘rituais’. Inclui-se estudos de rituais tradicionais (festas, festivais, espetáculos), formas de ritualização e distinção entre ação ritual e ação cotidiana. Teoria antropológica
Estimular reflexão crítica sobre diferentes tradições, escolas e vertentes da disciplina; estudo de obras inovadoras, clássicas e recentes; investigação da produção e produtores do conhecimento antropológico em seu contexto social e histórico. |