O corpo discente do PPPGAS/MN/UFRJ realizou o X Seminário des Alunes do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (X SAPPGAS), que nesta edição teve como tema “Saberes e narrativas da luta pelo dia a dia” entre os dias 06 e 10 de Dezembro de 2021. Nesta edição, o evento aconteceu em formato virtual diante das restrições impostas pela pandemia de Covid-19.

O Seminário se propõe a ser um espaço horizontal de trocas e reflexões entre as pós-graduações de todo o país, promovendo o encontro de todas as pessoas interessadas em antropologia e áreas afins.  Este ano realizamos mesas de abertura e encerramento, grupos de trabalho, oficinas, o V Prêmio de Ensaio Fotográfico - Sueli Maxakali e o III Prêmio Giralda Seyferth, destinado a estudantes de graduação. Confira como foi a programação completa! Acesse nosso site e nos acompanhe no facebook, instagram e twitter!

Confira por aqui a lista de apresentações dos GTs! Leia os trabalhos publicados nos anais do seminário.

Assista as mesas de abertura e encerramento!

Temos o prazer de anunciar o resultado final do V Prêmio de Ensaio Fotográfico Sueli Maxakali! Confira os dois trabalhos premiados abaixo e veja a exposição de todos os trabalhos selecionados no site próprio do prêmio!

Com alegria anunciamos o resultado final do III Prêmio Giralda Seyferth! Confira por aqui os trabalhos premiados e a lista de apresentações.

Veja nossas oficinas + laboratório.

Confira também os sites das edições de 2014, 2015 e 2019.

Ensaio premiado com 1º lugar no V Prêmio de Ensaio Fotográfico - Sueli Maxakali

INFÂNCIAS / CHILDHOODS/ बचपन (Índia, 2019)

Mayane Haushahn Bueno

Este ensaio tem o objetivo de apresentar, por meio da linguagem visual, os universos culturais em que a ideia de infância é construída. A Infância não é uma palavra desconhecida no desenvolvimento humano. É utilizada para retratar um período da nossa existência, um marco temporal entre o nascimento e a juventude. No entanto,  não é o seu caráter biológico que me interessa e sim como essa temporalidade é vivida por diferentes crianças e em diversas localidades na Índia. Este trabalho busca, portanto, retratar a construção social da infância a partir de seus ambientes sociais, chamando a atenção para as diferenças regionais, econômicas e sociais. Não é só um retrato das infâncias, mas como essa ideia é concebida e vivida em diversos espaços. Fonseca, Medaets e Ribeiro (2018) são expoentes destes estudos no Brasil, e nos fazem acreditar numa proposta cada vez mais orientada a considerar os processos pelos quais as experiências familiares são produzidas. Essa discussão tem fomentado pesquisas que se inserem dentro do campo de estudos da Antropologia da família e da infância e nos conduzem a perceber como as orientações locais recriam as infâncias.

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Ensaio premiado com 2º lugar no V Prêmio de Ensaio Fotográfico - Sueli Maxakali

“A gente fica doente se não for”: as mulheres e o universo ritualístico do povo indígena Jiripankó

Yuri Franklin dos Santos Rodrigues

Localizados territorialmente no município de Pariconha, Sertão de Alagoas, o povo indígena Jiripankó, resistente a inúmeras perseguições e esbulhos territórios, reafirma suas identidades e liga-se com seus seres protetores a partir de um complexo sistema ritualístico, permeado por múltiplos sentidos e significados. Entre eles estão, o Menino do Rancho e as Corridas do Umbu, rituais públicos construídos com base em alianças, políticas e religiosas, acordos e intermediações, além do reforço ou florescimento do pertencimento étnico e territorial. Nesse ensaio, o objetivo central é estabelecer como as mulheres participam dos rituais em diversos espaços, com atribuições e responsabilidades específicas. O interesse de evidenciar as funções femininas nos rituais nasceu de um aparente paradoxo: Por que os trabalhos produzidos não elencaram ou explicaram com precisão as ações das mulheres nos rituais, já que elas ocupam variadas atribuições? Como disse, certa vez, a Antropóloga Luitguarde Oliveira Cavalcanti Barros, acerca de seus trabalhos sobre as mulheres, em diferentes contextos sociais do Nordeste, “aventuro a produzir um trabalho que dê conta do significado da ação feminina [...]”, transporto esse propósito para o conjunto de fotografias a seguir.