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A secretaria do PPGAS informa que haverá paralisação dos TAE na quarta e quinta-feira, dias 29 e 30 de outubro, decretado pelo Sintufrj. Assim, não haverá atendimento da secretaria nesses dias.
Lembramos que a paralisação não afeta as aulas e demais programações. A Secretaria do PPGAS/MN informa que a comemoração do Dia do Servidor foi transferida para o dia 27 de outubro, e decretado Ponto Facultativo neste dia. Portanto, não haverá expediente da Secretaria do PPGAS nesta data.
Retornamos às atividades no dia 28, com atendimento presencial das 12h às 16h. A Secretaria do PPGAS/MN informa que está suspensa a aula do dia 22/10 da disciplina MNA854 - Problemas da Análise Etnológica, ministrada pela Prof.(a) Renata Menezes, devido ao evento da Anpocs.
O PPGAS/MN divulga o Edital de Auxílio à Pesquisa Discente 2025:
O edital visa oferecer apoio básico a estudantes de mestrado ingressantes em 2024 e 2025 e doutorado ingressantes em 2023, 2024 e 2025, regularmente matriculados no PPGAS-MN, para a realização de pesquisa até agosto de 2026. Inscrições Adiadas até as 16hs do dia 12 de novembro de 2025 Via exclusivamente formulário online disponível aqui Documentos obrigatórios: - Formulário de Proposta de Auxílio [F1] assinada por solicitante e orientador/a; - Orçamento detalhado, discriminando todos os itens e valores, no formato Formulário Orçamento [F2] assinada por solicitante e orientador/a; Resultado alterado para 24 de novembro. No dia 06 de novembro, às 16h, será realizada uma reunião online com os alunos para esclarecimento de dúvidas. Olympio Serra faleceu no Rio de Janeiro em 02 de outubro deste ano. De líder estudantil a antropólogo, foi um protagonista, discreto, mas incisivo, da história do melhor indigenismo no Brasil das últimas décadas. Na direção do Parque Indígena do Xingu (hoje, Território Indígena do Xingu), sucedendo a Orlando Villas-Boas, fez da sua gestão uma virada, já que foi ele o primeiro a mostrar para os povos Indígenas do Xingu que eles mesmos poderiam ser os protagonistas da sua história. Virada política e administrativa, ousamos dizer uma espécie de revolução, superando o paternalismo e espalhando um espírito de reflexão crítica entre os jovens líderes xinguanos. Trabalhando na sombra da ditadura militar, com uma presença pesada dos militares na Fundação Nacional do Índio, Olympio manteve uma postura crítica, independente, e nunca se deixou calar. Acolheu e apoiou generosamente uma geração de jovens antropólogos que chegaram até ele querendo trabalhar no Xingu, entre os quais os autores desta nota e Eduardo Viveiros de Castro. Sem ele, provavelmente, o início das nossas jornadas de pesquisa e aprendizagem teria sido bem mais acidentado. Em janeiro de 1979, Olympio foi, obviamente, afastado depois de quatro anos na direção do Parque, pelas últimas investidas repressoras da Funai militarizada. Continuou sua militância. Na Fundação Pró-Memória do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) foi um dos primeiros a impulsionar a agenda dos direitos das comunidades quilombolas a seus territórios tradicionais e memórias, direitos consagrados na Constituição de 1988. Sentimos falta de sua fala mansa, do seu sorriso maroto, da sua imensa humanidade, da sua coerência, do seu afeto.
Bruna Franchetto e Stephan Schwartzman “A capacidade da vida de seguir é brutal” – escreveu Ana Paula Santos Rodrigues, em 2020, no blog “Corpos que Falam: um lugar para as vozes de estudantes de pós-graduação em quarentena”. Ana Paula, doutoranda no PPGAS do Museu Nacional-UFRJ, estava trabalhando em sua tese: “Amansar o português, retomar o akuẽ: as artes da palavra Xakriabá”. Ela, mineira, encontrou em Minas Gerais o povo xakriabá, o povo da poesia, como é conhecido. Entre os Xakriabá, tornou-se mais do que uma pesquisadora. Escritora com publicações de livros de poesias, conectou dois mundos de beleza e de rimas. A vida de Ana Paula acabou tragicamente em 6 de outubro de 2025, aos 31 anos de idade; será enterrada em sua cidade de origem, Oliveira (MG). Estamos juntos da família na lembrança e na falta enorme que ela deixa a professores, colegas e amigos. Para Ana Paula, os versos da poeta Ana Cristina Cesar, alma próxima, também falecida aos 31 anos de idade:
É sempre mais difícil Ancorar um navio no espaço .... Eu não sabia Que virar pelo avesso Era uma experiência mortal Bruna Franchetto |
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